De volta a casa, cansada de tanto viajar...

Grand Palácio, em Bankgok; Mari após a cerimônia do casamento; Joan e Joana, de 5 anos; passeio de elefante, com todos os convidados, após a cerimônia (e a Mari vestida de noiva!!!) e com a Esperaça, mae da Joana, após o passeio de elefante. Para ampliar, clique na foto.

Tailândia: O mais bonito realmente, de toda a viagem, foi mesmo o casamento da Mari e Pukhet, que é um verdadeiro paraíso e acho que poderia ter ficado por lá mais um mês inteiro sem reclamar….rs…. Para quem gosta de sossego, recomendo o Katathani, que está en Kata Noi, no sul de Pukhet: o hotel é uma maravilha e o lugar, um paraíso. Enquanto você está na piscina, vem as tailandesas oferecendo-se para fazer manicure, pedicure, massagem nos pés ou massagem tailandesa. Eu fiz de tudo e o preço é dez vez menor que aquí na Espanha. A massagem tailandesa dura quase uma hora e nao fica um centímetro do seu corpo sem ser tocado. O melhor, deitado na grama, debaixo da sobra de uma árvore, ouvindo as ondas do mar…. Eu achei que aquela mulher era um anjo!!!!rs… Convenci o Joan para fazer também e ele adorou também. Achei as tailandesas lindas e os tailandeses, feios, coitados…rs… Mas isso sim, muito gentís, muito educados e amáveis. A comida excelente, mas tudo “pimenta com…”, suuuuuuuper apimentado…. e na India, e no Nepal….. quero ficar um mês sem por pimenta na boca!!!
Pela noite nós todos íamos jantar juntos e dar uma volta por Patong, que é a parte mais agitada da Ilha, muitos turistas, muitas lojas, etc. Foi muito atingido pelo Tsunami e já reconstruído. Kata nao sofreu tantos prejuizos, mas assim como em Patong, tem placa de "Rota de escape" para possíveis Tsunamis e instruçoes...rs.... eu, hein!!Nao tenho fotos da cerimonia, pois tinha deixado a câmera no quarto onde a Mari se vestiu, mas nem que a tivesse levado, chorei pra caramba aliás, foi uma choradeira danada, desde que a Mari pois os pés dentro: a mae do Jason soltou -"beautifoul!!!" e começou a chorar... e o Jason, eu, a Esperança, a Doris....rs.... foi muito emocionante. Assim que a Mari ou o resto do pessoal me mandar mais fotos eu posto, vale? Que conste que ela me autorizou a postar fotos do casamento...rs....



Sentada em frente ao Tajmahal; indianas entrando no recinto do Tajmahal, que é imenso; outro passeio de elefante em Jaipur (subiam carregados de turistas e desciam vazios) e tuk tuks, onde cabem dois passageiros atrás....teoricamente...rs.... (clique nas fotos para ampliar)

A India foi o país que menos gostei (sim do TajMahal, óbvio): um calor absurdo que tornava impossível ficar fora do carro com ar condicionado ou do quarto do hotel, pois literalmente sentia queimar o corpo, mesmo à sombra. Outra coisa era o ataque massivo e insistente de todos, oferencendo-nos coisas para comprar, e o pior de tudo, crianças tao pequenas que me partia a alma. Se você fraquejava e comprava a um, entao era ainda pior. Fraquejei muitas vezes comprando qualquer besteira que nem me interessava só para ajudar as crianças, mas me sentia muito mal…. Delhi, em alguns lugares, parece o bairro dos Jardins, em Sao Paulo, mas todo o trajeto que fizemos pelo Triângulo de Ouro (Delhi, Agra e Jaipur) só vimos a mais absoluta miséria, um caos total de gente, bicicletas, camelos, motos, carros, buzinando sem parar (eles usam mais a buzina que qualquer outra coisa. Seta, nem pensar)… As indianas também sao lindas, embora todas sejam muito parecidas e acho que 99,5% usam sari: cores e mais cores…. Muito bonito.
Lá, tem que dar gorjeta para tudo: ninguém tira uma foto de você, sem gorjeta e também nao pode fazer foto de ninguém, sem pagar. Vai no banheiro, te abrem a torneira e te dao o papel na mao (nunca tem papel higiênico nos banheiros), mas tem que dar gorjeta… eles te chamam para ir no banheiro!!! Ao mesmo tempo, essa pessoa que fica o dia todo lá esperando que você vá, nao se preocupa em limpar nada. O conceito deles de limpeza é completamente diferente do nosso. Eles bebem uma água amarela que eu nem acreditava….
Achei os indús mais sacanas: com propina (gorjeta), simpáticos. Sem propina, antipatía total. Você pede um jantar no quarto, e eles trazem em três etapas, para você ter que dar três gorjetas. Assim como as malas: se sao três, uma para cada um, assim você tem que pagar aos três…rs….
O trânsito, a coisa mais absurda que eu já vi na vida. Só vendo para crer: motos com cinco pessoas: pai, filhos e mae com bebê nos braços. Tudo sem capacete…
Duas vezes, em plena Rodovia, de sentido único, demos de cara com um caminhao e um carro, na contra-mao!!! Menos mal que a velocidade máxima lá, é de 80 km/h, porque senao seria uma catástrofe…



Com um velhinho simpático em Potala; com a Sanguita no recinto da ONG "Amics de Nepal"; outro nepalí simpatiquíssimo; Golden Temple; rio onde incineram os mortos (da pra ver dois corpos alí a espera...); nas escadarias do Monkey Temple, uma senhora mendigando e um macaco moribundo, esperando para morrer; e alguns dos centenares de macacos do mesmo templo... (clique nas fotos para ampliar)

Nepal, Katmandu. Dizem que é um dos países mais pobres do mundo, mas gostei mil vezes mais de Katmandu, que de qualquer lugar da India. Pena que nesta época ainda chove muito e nao pudemos ver os Himalaias, porque existe um passeio de aviao para sobrevoar o Everest…. Mas estava super nublado. A melhor época começa agora em outubro, novembro, quando termina a época das chuvas. O pessoal vai muito lá para fazer trekking e nós planejamos fazer um de 21 dias, quando pudermos.

Lá nós fomos visitar a Sanguita, que o Joan apadrinhou há uns 7 anos atrás e agora já está com 13 anos. Achei ela muito fofa, super tímida. Também me partiu o coraçao quando entrei na ala dos bebês… todos órfaos…
O artesanato, as roupas, etc, eu achei mais bonitos que os indianos, pois nao tem tanto brilho, sao mais simples.

Eu creio em Deus, oro a ele, agradeço sempre e peço proteçao, mas, sem querer ofender, cada vez mais tenho a certeza de que as religioes sao o mal da humanidade. Assim como quando estive no Vaticano, senti um repúdio total por tanto luxo e riquezas da igreja, nestes paises que visitei, vi templos e mais templos cheios de Deuses e Budas de ouro, o povo doando o que nao tem…. Para que??? Os animais mortos de fome, o povo morto de fome…. Nao entra na minha cabeça. Vi os palácios todos de mármore, ouro….. e o povo, morto de fome…. Sempre foi assim e será que, sempre será?????
Admiro a filosofia do Buda. As coisas que ele pregou, séculos antes de Cristo, sao extremamente sábias, mas como sempre, a crença e o poder acabam disvirtuando algo simples, sem rituais, sem parafernálias, santos ou estátuas de ouro. Para que serve tudo isso se as pessoas estao morrendo de fome e nao tem acesso ao mais básico para viver dignamente????

Para quem vive se queixando da vida, dar uma voltinha por estes lugares é uma excelente terapia para aprender a dar valor ao que tem, e quando digo o que tem, me refiro ao “básico do básico”, que tem gente no mundo que sequer sabe o que é….

Beijus......