miércoles, agosto 01, 2007

Escrever, nao escrever... e se escrever, escrever sobre o quê??

Passam os dias, acontecem coisas no mundo, importantes, impactantes ou nem tanto... acontecem coisas no meu pequeno mundo particular, nem tao importantes, muito menos impactantes... mais bem, banais. Após tantos dias sem escrever, penso se devo escrever sobre as minhas banalidades cotidianas ou sobre o que penso sobre coisas que estao passando por esse mundo afora e, também penso, se a alguém interessa tanto uma coisa, como outra: o que faço ou o que penso.
Penso que se escrevo só sobre meus filmes, livros e etc, dá a impressao que sou uma alienada que nao sabe nem se importa com fatos que ocorrem mais além do meu âmbito familiar... e devo me importar com o que pensam sobre o que penso??? Muitas vezes penso em simplesmente deixar de escrever, que o blog já deu o que tinha que dar, mas a verdade é que o que me mantém online é que graças a ele eu conheci gente que nao quero que desapareça da minha vida e que, quem sabe, posso conhecer mais ainda e abandoná-lo seria como uma espécie de ingratidao.
Entao escrevo, escreverei, sobre o que me der na telha, seja pessoal ou nao. Sei que é irrelevante para 99,99% da humanidade, mais se 00,01% encontrar algo válido, pois já é uma alegria.

Falando de banalidades pessoais, terminei de ler o "La Sangre de los inocentes" e embora nao possa deixar de admirar uma escritora jovem que tenha o dom de escrever quase 800 páginas sobre eventos ocorridos ao longo de séculos até os dias de hoje, na minha opiniao falta "algo", no princípio prometia muito, mas acho que ela nao soube arrematar bem o desenlace. Tem livros que eu recomendo e que voltaria a ler dentro de alguns anos, como sempre fiz com meus livros preferidos, mas este nao é o caso.

Disse que nao queria saber nada de China, mas eu tinha encomendado um livro na Fnac: "Medicina China: una trama sin tejedor" de Ted J. Kaptchuk e nao pude resistir a começar a ler. De certa forma me alegro, pois realmente gosto do que estou estudando e tenho muita vontade de aprender e aprender bem e principalmente entender todos os conceitos que sao tao difíceis de entender com a nossa pobre mente ocidental.


Domingo a tarde fui ao cinema aqui ao lado de casa com o Fê e a Nath e tivemos o desprazer de assistir "Next" com a Juliane Moore e o Nicolas Cage. Ultimamente bons atores nao sao sinônimos de bons filmes, infelizmente. Menos mal que a pipoca e a coca-cola estavam divinos...rs...





O melhor programa realmente, foi o de segunda a noite. Eu, a Sam, a Nath e o Fê percorremos 140 km para assistir ao concerto do magnífico Carlos Nuñes (eu já falei dele aqui) com a Orquestra Nacional de Andora no Castelo de Peralada, um dos concertos do Festival de Peralada. Eu já tinha tido o prazer de assistir ao Carlos Nuñes e queria muito que as minhas filhas o conhecessem. Nao só eu chorei de emoçao, mas a Nath também. Ele tem o dom de atingir diretamente a alma dos ouvintes. É um deleite. Se algum dia tiverem a oportunidade de vê-lo (no site dele tem a programaçao), nao percam, garanto que vale muuuuito a pena. Infelizmente o Joan estava de viagem e nao pode ir com a gente, mas ele nunca perde nenhum.
Sam eu e Nath no Castelo de Peralada, antes do show.

Tínhamos intençao de ir ao Brasil neste fim de ano, tanto para visitar a família, como para fazer um pequeno tour pelo Nordeste, mas com o caos aéreo que se instalou no país, acabamos desistindo da empreitada. O acidente da TAM foi só a culminaçao de uma situaçao que já há tempos vinha fazendo o ato de viajar de aviao no Brasil, ser coisa de "Relaxa e goza", segundo a Marta Suplicy... fala sério. O vôo de regresso da Sam em junho sofreu um atraso de várias horas, devido a greve dos controladores aéreos.
Hoje li na Folha de Sao Paulo que segundo as primeiras informaçoes encontradas na caixa preta, o piloto errou na posiçao do manete que deveria estar em ponto morto e estava na posiçao de aceleraçao, mas diz que também pode ter sido uma falha no computador de bordo. Seja o que for, isso nao exime a culpa daqueles que permitiram a utilizaçao da pista sem as condiçoes necessárias para a segurança dos vôos, nem de que Congonhas, apesar de existir antes de todas as urbanizaçoes que hoje estao ao redor dele, ser um risco muito grande, tanto para os que voam, como para os que estao sob a linha de vôo. Realmente dá um nó no estômago quando o aviao está se acercando ao aeroporto, pois parece que ele passa raspando nos edifícios. Nao deveriam ter deixado urbanizar toda esta zona. Como agora já é tarde, o negócio é tirar o aeroporto de lá.
Tenho visto o Jornal da Record e seria cômico, se nao fosse trágico: agora Cumbica, que nao está preparado para tanto, recebe todos os vôos que sao desviados de Congonhas e aquilo agora sim que está um caos. Incompetência atrás de incompetência: efeito dominó. Vergonha.


5 comentarios:

Virginia Pereira dijo...

Olá Virginia, descobri vc no geovisite que instalei hoje, e achei legal achar uma xará na net e na blogosfera. Que tal trocar figurinhas do Rio de Janeiro/Barcelona/SP.
Achei seu blog lindo, fotos lindas e muitos textos inteligentes. Apareça!!
Um abraço!
Virginia

Adriana dijo...

Virgínia:
Você já leu o livro "A Sombra do Vento", do Carlos Ruiz Zafón?

Anónimo dijo...

Uma otima semana a vc,VIRGINIA

Beijos!!

Anónimo dijo...

Também penso de vez em quando em abandonar o blog, na maioria das vezes por achar que não tenho lá nada para dizer, mas blogs são uma das minhas coisas preferidas na web, então, na hora h sempre desisto, ou recomeço.

Já avisei a minha família, enquanto essa situação aérea não melhorar, não dá pra viajar. Era só o que faltava pra completar o "quadro" dos absurdos no Brasil.

Te mandei um mail sobre a sua proposta indecorosa..hahahahha

bjos :)

Anónimo dijo...

Minha linda, antes de tudo meus parabéns pelas magníficas notas! Você mereceu! Estudou pra caramba.
Também adoro Carlos Nuñes. Assisti um concerto dele em Alcalá uma vez e fiquei encantada.
Beijos e com muitas saudades!